quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

HOLANDA

Os actos terroristas do “13 de Novembro” em Paris tinham como objectivo principal, creio, amedrontar os europeus e condicioná-los nos modos de vida a que se habituaram; coisas simples como sair à rua, viajar, passear, divertir-se, fazer do tempo de cada um aquilo que a liberdade e o desejo foram ajudando a conquistar.

Aquando do miserável ataque, decidi de imediato combater esse medo que os seus autores queriam impor, mantendo a viagem programada para um mês depois com destino à Holanda. Fiz o que tinha a fazer e viajei com parte da família, sem medo.

Estamos em Amesterdão e, por acaso, o hotel fica num bairro maioritariamente habitado por muçulmanos. Por inerência da profissão contactei ao longo dos anos com muitas e variadas comunidades muçulmanas e era já minha convicção que ser muçulmano não deve ser um estigma. E no fundo, no fundo, sejamos cristãos, muçulmanos, judeus, ou pertencentes a outra qualquer religião, andamos todos ao mesmo... ou seja, procuramos ser felizes. Não vale a pena referir as excepções da existência em todas as religiões de loucos, terroristas e outros kamikazes que contrariam esta regra porque não passam disso mesmo, de excepções, e não existe vacina contra eles.


Hoje o nosso dia foi preenchido quase na totalidade com a visita à casa de Anne Frank e à Sinagoga Portuguesa, dois locais onde os efeitos da intolerância para com os “outros” é emocionalmente mostrada. Provavelmente não poderia ser de outra maneira. Não sei.

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