segunda-feira, 9 de março de 2015

OS POLÍTICOS NÃO SÃO TODOS IGUAIS

“Os políticos não são todos iguais…” Quem o disse foi Passos Coelho, tentando marcar a diferença entre ele e o José Sócrates! Ora, apesar de ter razão no que diz, o nosso primeiro não é, como parece claro para toda a gente excepto para o presidente cavaco, um exemplo de político sério. É um “distraído” quanto às suas obrigações fiscais, é um mentiroso convicto, é forte e assertivo com os fracos e é um merdas quando enfrenta os mais fortes. 
Ontem, li uma entrevista no Expresso a um político exemplar, esse sim, sério, a léguas de distância da indigência moral onde chafurdam estes poli






tiqueiros nacionais. Refiro-me a José Mugica, ex-presidente do Uruguai.
O Presidente Mugica mostrou ao longo do seu mandato, qualidades humanas e politicas na condução do seu país que fizeram dele um exemplo do que deve ser um servidor público no sentido idealista e genuíno do termo. Em vez de as usar, prescindiu das mordomias do Estado, viveu na mesma e modesta casa onde antes vivia, doou 87% do seu salário de 12.000 dólares para a construção de casas para os mais desfavorecidos e, também por isso, é conhecido como o “Presidente mais honesto do mundo”.
Em Portugal acontece o mesmo, mas ao contrário! Circula aí na net uma lista de figurões da política que usaram a sua passagem pelo governo e adjacências para enriquecerem. A lista inclui as declarações de património e rendimentos apresentadas por esses artistas ao Tribunal Constitucional, desde 1995, ano em que a informação passou a estar disponível, e reconstitui o percurso do desmesurado crescimento dos seus rendimentos.