quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A FUTEBOLIZAÇÃO DA POLÍTICA


Deixei de ver, desde há muito, programas que falam de futebol. Gosto do jogo jogado, visto ao vivo ou na televisão, tanto quanto detesto a verborreia futeboleira vinda de comentadores, articulistas, treinadores e presidentes de clubes, todos eles com um estranho problema de visão, porque só conseguem “ver” o jogo com lentes clubistas que deixam ver apenas o que lhes interessa.
Com a política partidária está a acontecer a mesma coisa. Desde há um mês, evito ver debates, notícias e comentários sobre o actual momento porque a lógica da clubite instalou-se nos partidos e nos seus apaniguados nos meios de comunicação social. A informação é abafada pela contra-informação; os argumentos são contrariados pelas falácias; a manipulação impera e eu não tenho paciência para os aturar.

Não sendo isento, votei António Costa, tenho esperança que ele consiga governar o país bem melhor do que fizeram estes ladrões (de parte da minha reforma…) que o antecederam. Quanto a estes e aos seus apoiantes, se já esgotaram o stock de comprimidos para a azia, experimentem chá de espinheira santa, bolachas de água e sal e sumo de batata, em jejum. Dizem que faz bem.