quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PERPLEXIDADES

Apesar de saber da enorme capacidade manipuladora dos políticos e da tentativa de distrair as pessoas, lançando-lhes areia para os olhos ou desviando o foco da atenção do que não lhes interessa.

Apesar de perceber que os actuais governantes, candidatos à reeleição, fogem a explicar a razão das medidas gravosas que arruinaram milhares de empresas, famílias e os legítimos projectos de vida de milhares de emigrantes forçados a abandonar o país.

Apesar de perceber que o seu programa de futuro é o mesmo que aplicaram até aqui e a sua estratégia é desculparem-se com o omnipresente Sócrates, sem terem coragem de assumir que foi por opção ideológica que empobreceram o país.

Apesar de tudo isto e de relativizar o que é dito nestas circunstâncias, ainda consigo ficar chocado com a ousadia ululante de Paulo Portas, ao classificar os opositores candidatos com epítetos ofensivos e vazios. Se tivesse um pingo de vergonha e dignidade política, ficaria irrevogavelmente calado. Até porque não são os programas da oposição que vão a julgamento no dia 4 de Outubro.

Quanto ao “extraordinário” Passos Coelho, apesar de tudo fazer para que nos esqueçamos do passado, do seu tecnofórmico e do nosso, de resistência aos males que nos causou o seu governo, estou convencido que nem as gloriosas sondagens vão impedir que seja derrotado.

É esse o meu desejo. 

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