quarta-feira, 7 de outubro de 2015

COMEMORAR

Fez ontem 45 anos que eu e mais umas largas dezenas de rapazes e raparigas da minha idade… entrámos para a TAP. Divididos por sete turmas… (foi uma altura de grande expansão da companhia) aí fomos aprendendo a ser comissários e assistentes de bordo e criando laços que se mantiveram mais ou menos apertados ao longo do tempo.
No passado, temos comemorado este dia em algumas datas redondas. Por motivos vários e dolorosos o número de presenças tem vindo a diminuir. Ontem, juntámo-nos uma vez mais e foi muito bom. Como sempre! Estar junto dos nossos é uma dádiva da vida que certamente merecemos.
O menu foi bom mas isso foi apenas um pormenor, tal como as conversas, as histórias e os risos. Maior foi o prazer de estar ali.  
Nas costas do menu estava este poema que aqui partilho, da autoria de um de nós:

“VOAR FOI ESTAR SEMPRE ONDE O TEMPO NÃO CONTA
ONDE O VENTO NÃO PARA                                                                                                                     
ONDE O SOL SE ESCONDE NAS LUAS DA VIDA

VOAR É NUNCA ESQUECER OS QUE ESTÃO POR PERTO
OS QUE LEVAMOS NA ALMA QUANDO FUGIMOS NO ESPAÇO
SONHANDO MADRUGADAS DE REGRESSOS

VOAR É SONHAR DE AMOR E SAUDADE
É ENTREGAR A VIDA A QUEM SABE ESPERAR
SEM SE ESQUECER DE NÓS.
VOAR, COMPANHEIROS É CHORAR E RIR
PORQUE SOBRA SEMPRE TEMPO QUANDO ESTAMOS LONGE
E É CURTO O QUE PASSAMOS NOS NINHOS TERNURENTOS DOS NOSSOS AMORES

 VOAR É MESMO ASSIM SER SIMPLES E ESPERAR
PORQUE QUANDO PARARMOS DE CAVALGAR O ESPAÇO
NUNCA PARARÁ O PENSAMENTO,
NUNCA ESQUECEREMOS OS MOMENTOS
E OS AMIGOS QUE MÃO NA MÃO FORAM CONNOSCO CHEGANDO









Ouve também um vídeo projetado durante o jantar e depois oferecido a cada um de nós, feito a partir de fotografias de encontros anteriores. O vídeo não o partilho porque para mim, é uma daquelas coisas íntimas que só interessam a quem as viveu.  

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

DECLARAÇÃO DE VOTO

Faço parte do povo, deste povo, não quero mudar, nem de povo nem de país. Votei contra os manhosos, vigaristas e ladrões do anterior governo. Perdi.


Os resultados eleitorais são o que são! Ficamos desapontados quando não refletem a nossa vontade e tendemos a culpar a “estupidez” do povo, por não ser clarividente como nós. Este estado de alma pode confortar o desgosto mas revela empáfia.

A dificuldade que os “cultos” demonstram em aceitar a democracia quando ela os contraria, além de estulta é risível. Mas, para falar verdade, nem me apetece rir...