segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O DERBY


Ontem houve derby ribatejano na minha terra: União Vila Franquense contra o Alverca. Fui ver. Um derby é um derby! Quando eu jogava, já lá vão uns anos… os jogos com o Alverca eram bons de jogar, geravam adrenalina e tiravam o sono. Como não havia Facebook, as discussões antecipando o encontro eram feitas cara-a-cara, principalmente nas O.G.M.A. (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), em Alverca, onde trabalhavam alguns jogadores e muitos adeptos de ambos os clubes.
O jogo era sempre muito disputado, dentro do campo e fora dele e, qualquer que fosse o resultado, tinha prolongamento durante a semana, com a discussão das jogadas e dos casos esmiuçados conforme o grau tendencioso e o arreganho dos oponentes. No jogo de ontem as bancadas estavam cheias como antigamente, o jogo foi rasgadinho como de costume e, tal como outrora, foi antecipado e também vai ter prolongamento, agora, nas redes sociais, com mais acinte mas sem a graça da discussão olhos nos olhos .
O que não havia no meu tempo eram as claques! A do União chama-se “Piranhas do Tejo”. Nome extraordinário. Os “Piranhas ocupam na bancada o lugar mais próximo do bar.  O apoio à equipa segue o padrão das congéneres, isto é, cânticos de incentivo aos nossos e provocações aos adversários. Lembro-me de uma delas, “Ninguém nasce em Alverca, ninguém nasce em Alverca, ninguém nasce em Alverca, olé ó”. Esta claque tem a particularidade de ser acompanhada por uma banda de músicos que tocam bem, afinados e com repertório adequado a cada situação. O ar é de festa! 
O meu clube ganhou 2-0 e comanda o campeonato.  
P.S. O meu outro clube, o Belenenses, também ganhou o derby “da linha”, com o Estoril, por 2 a 1. Foi um Domingo glorioso.    


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A FEIRA


A Feira anual que se realiza em Vila Franca, minha terra, é sempre uma ocasião para reencontrar amigos e conterrâneos que dela saíram, levados pelas andanças da vida. Não precisamos marcar encontro. O sítio do costume é a rua, ou as ruas, onde acontecem as “Esperas de Touros”. 
Ontem, assim foi. Na rua onde nasci, a 1º de Dezembro, lá foram aparecendo. Primeiro o Vítor, depois o João e o Leo, e pouco depois o Alfredo e o Cabral. Marcámos uma almoçarada para 5ª feira, onde vamos dar cabo da conversa e das saudades.
Mas este ano, o cenário onde decorre esta celebração da festa dos touros estava mais bonito: a tertúlia “de rua” do Pineta, frente à nova Biblioteca, ostentava altaneiramente a bandeira do Belenenses. Bem sei que em Vila Franca o Águia, um dos clubes que deu origem ao actual União, era filial do Belenenses e daí a existência de muitos adeptos azuis. Mas que foi uma satisfação enorme tirar esta fotografia, lá isso foi.